É inegável que a tecnologia faz parte da rotina de crianças, jovens e adultos. Seja para conferir o feed do Instagram, jogar ou conversar com um grupo de pessoas, o celular tem sido o principal aliado da atual geração.
Muitas vezes, sequer nos damos conta do tempo que gastamos com o celular na mão, e isso não serve apenas para os adultos. Estudos apontam que crianças têm passado, em média, 5 horas e 33 minutos de frente para as telas, enquanto jovens utilizam mais de 8 horas dos seus dias em contato com a tecnologia dos smartphones.
A pergunta é: como esse uso do celular e das redes sociais podem influenciar a vida das crianças e dos jovens?
No artigo de hoje, entendamos mais sobre essa influência, os impactos dela e como os pais podem orientar os filhos a terem uma melhor relação com as redes sociais. Vamos lá?
Os jovens e as redes sociais
Os jovens e as crianças de hoje em dia já nasceram na época da tecnologia. Ou seja, o mundo que eles conhecem, e são adaptados, é aquele em que a comunicação é pautada pela presença de redes sociais, como Facebook, Instagram, Twitter e Tik Tok.
Para eles é natural que as relações sociais aconteçam de forma rápida e prática, com poucos cliques. Não é à toa que basta a internet não funcionar ou ficar um pouco mais lenta para causar uma certa angústia.
Como as redes sociais impactam a vida dos jovens
Não é exagero dizer que as redes sociais moldam como os jovens enxergam o mundo e existem nele. Para a geração Z, as redes sociais são ferramentas de comunicação onde eles podem se expressar, ter o senso de pertencimento e se relacionar com os outros.
Apesar das redes sociais realmente possibilitarem a comunicação fácil, o que é um aspecto positivo, ela também pode acarretar alguns pontos negativos, como o uso de forma descontrolada, podendo se tornar um vício.
Essa possível dependência das redes sociais é percebida pelas práticas comportamentais dos jovens, que podem desenvolver algumas características pelo uso excessivo das redes sociais. A seguir, listamos algumas delas.
Necessidade de aceitação
A busca pelos “likes” ou pelo número de seguidores, evidencia nos jovens a busca pela aceitação, que nas redes sociais pode ser medida pelos fatores citados. Na cabeça deles, quanto maior for o número de pessoas que curte as publicações ou o tamanho das redes de amigos, mais descolado e legal alguém é.
Essa percepção gera uma falsa noção da realidade, podendo ocasionar sintomas como ansiedade, depressão e baixa autoestima.
Dificuldade de interação fora das redes sociais
Outra característica que pode ser notada em jovens que excedem o uso das redes sociais, é a dificuldade de interagir socialmente fora delas.
Isso inclui até mesmo as relações dentro de casa, quando muitas vezes os pais encontram dificuldade de conversar com os filhos, que preferem ficar “fechados” em um mundo delimitado pelo próprio celular.
Essa dificuldade de interação pode se estender também para outros ambientes, como a escola, quando os jovens podem enfrentar um maior desafio para construir relacionamento de amizade com pessoas que estão próximas fisicamente.
Falta de paciência
Como falamos no início, a internet possibilita uma comunicação rápida. Apesar de isso ser positivo, pode se tornar negativo quando desenvolve nas pessoas a falta de paciência para lidar com situações que exigem mais esforço e um maior tempo para serem resolvidas.
É basicamente como se os jovens quisessem tudo resolvido de forma instantânea, quando, na verdade, a vida não é assim. Precisar lidar com momentos mais complexos, pode acabar revelando essa falta de paciência e até a dificuldade de realizar projetos a longo prazo.
Como orientar os filhos a usar as redes sociais
Apesar de listarmos aqui alguns dos impactos negativos que as redes sociais podem trazer para a vida dos mais jovens, é importante saber que o problema não é o uso das redes sociais em si, mas sim o excesso delas.
Se forem utilizadas da maneira correta, as redes sociais podem trazer muitos benefícios, inclusive para a rotina de estudos. Para isso, é importante que os pais orientem seus filhos em relação ao uso das redes sociais e coloquem em prática algumas estratégias, como:
- Estabelecer limite de uso diário para as redes sociais;
- Evitar o uso de celulares quando a família estiver reunida, principalmente nos momentos de refeições;
- Incentivar o filho a escolher momentos para praticar atividades que não tenham relação com a internet, como esportes ao ar livre e a leitura;
- Estimular o uso das redes sociais para o estudo, por meio de aplicativos, perfis de ensino e participação em grupos onlines.
Lembre: a tecnologia não é uma vilã! Tenha uma parceria com o seu filho e compreenda as necessidades que ele tem. Trabalhando juntos é possível alcançar melhores resultados.
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